Resposta ao leitor Valdy Freire...

Consciente que você é um lutador incansável pelo lisura nas atitudes das pessoas (leia-se dirigentes de futebol) estou esperando até agora um comentário seu (aprovando ou desaprovando), a atitude da direção do ABC (via RF), do cárcere privado da delegação do BOA nos vestiários do estádio Frasqueirão, antes do último jogo.

Valdy Freire.

Meu caro Valdy Freire,

Começando pelo começo, agradeço suas palavras.

Na verdade, não tratei desse assunto e não pretendia tratar...

Explico:

Existem coisas que considero tão pequenas e tão miúdas que perder tempo com elas é ao meu ver, desperdiçar preciosos minutos.

Mas, como você aguarda um posicionamento meu a respeito do fato, lhe direi o que penso... 

Mas antes, com sua permissão, farei uma pequena correção a uma afirmação sua.

Cárcere privado, convenhamos, é um pouco forte demais, não acha?

O que houve, foi a interdição premeditada da porta de acesso ao campo por um determinado tempo...

Nenhum dirigente, membro da comissão técnica ou jogador, ficou trancafiado nos vestiários sem poder ir ou vir...

Caso quisessem, todos, poderiam ter voltado para o ônibus que os aguardava na saída ou mesmo, circulado pelas dependências do estádio.

Bem, correção feita, vamos ao que penso; 

Não compactuo com esse tipo de atitude...

Considero algo pequeno e sem nenhum sentido.

Argumentar que o tratamento dispensado ao Boa Esporte ou a qualquer outro clube é apenas retaliação ao tratamento recebido lá fora, não me convence...

É coisa de menino birrento...

É falta de educação...

É a atitude típica dos deselegantes...

Existem meios civilizados para se combater a falta de civilidade.

Se lá fora os jogadores do ABC foram impedidos disso ou daquilo, bastava um protesto formal junto ao quarto árbitro no momento do jogo e, posteriormente, um protesto dirigido a direção do clube responsável com ampla divulgação do teor do protesto através dos meios de divulgação...

Por fim, encaminhar a CBF, ofício exigido providências.

Isso é o correto.

Ao se igualar, a força da razão foi desprezada.

Portanto, o que era diferente, passou a ser igual.

É assim que vejo e é essa minha opinião sobre a medíocre ordem de chavear a porta de acesso ao gramado do estádio Maria Lamas Farache.

No entanto, compreendo tal ato, pois sei que ainda temos milhas e milhas para caminhar antes que se instaure entre nós, brasileiros, a civilização.