A cerca de três ou quatro anos, o futebol rubro tem sido bancado por diretores do clube (por não haver ninguém interessado em assumir o comando do barco).
Primeiro foi a AMEPAR, depois veio o que se convencionou chamar de G4 e que retirou o clube do ostracismo da Série C e o levou a Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol.
O fato de a equipe haver voltado para a Série B e por pouco não ter escorregado novamente para a Série C, não tira o mérito da conquistas anteriores...
E nem prova coisa alguma, a não ser a nossa crônica falta de dinheiro, que somada aos impulsos de alguns dirigentes torcedores, acabaram ajudando na melancólica queda.
O que há de tão errado nessa lista?
Faltou o Hernandes, o Leandro Amaral, o Conca ou talvez Rogério Ceni?
Claro que faltou!
E vai continuar faltando!
Será que é tão difícil assim entender que Patrocínio + Cotas de TV + Renda dos Jogos, nunca serão o suficiente para montar o time dos delírios e devaneios de parte desses sonhadores?
Como gastar o que não se tem para disputar um campeonato meia boca como o estadual?
Quem vai sair de sua casa para assistir sentado numa arquibancada de cimento, com sol a pino o “derby” Corintians de Caicó e Macau?
O que acrescenta na carreira de qualquer jogador, ser escolhido o craque do jogo na partida América e Real Independente de Jardim de Piranhas, ABC e São Gonçalo do Amarante?
Qual o jogador com mercado, que preferiu ficar aqui para correr atrás da bola em Currais Novos?
Tenham paciência senhores e parem de sonhar...
Um gol marcado no campeonato estadual, só vai passar na mídia nacional se for marcado de calcanhar, depois de batido um tiro de meta direto para o gol adversário, ou então, se houver alguma goleada estratosférica.
Fora disso, necas de pitibiriba.
Não sou fã do Marcos Meira Pires, e talvez, ele nem seja o nome ideal para a função, mas primeiro é preciso saber que verba ele tem a sua disposição e depois, dar a ele o tempo necessário e sagrado que todo homem tem que ter para mostrar ser ou não apto.
Entendam de uma vez por todas que somos um estado lindo (talvez um dos mais bonitos do país), mas nossa economia é pobre e o que gera grandeza é grana e não vontade, desejo ou qualquer outro sentimento...
Temos no Senador Garibaldi Alves Filho (PMDB), o Presidente do Senado Federal, sabemos que o Senador é politicamente uma raposa das mais felpudas e o seu partido o PMDB, tem a maior bancada do Congresso, mas nada disso até agora, resultou em vantagem para o time de seu coração; o ABC.
Garibaldi há tempos batalha um patrocínio da Petrobras para o seu ABC e pelo que me conste, a poderosa estatal ainda não deu a mínima para o pleito do senador...
Por outro lado, o Governado do Rio de Janeiro, com dois telefonemas, trouxe para o Vasco da Gama, clube para quem torce, a Eletrobrás e com ela, um contrato de 28 milhões por dois anos que poderá ser prorrogado por mais dois anos.
O fato acima não significa que Sérgio Cabral (PMDB), seja mais forte, mais bonito ou mais sagaz e inteligente que Garibaldi, seu companheiro de partido.
O fato acima mostra que a economia se move baseada em premissas racionais e matemáticas e que a força de Sérgio Cabral está nos números...
O Rio de Janeiro tem 15.561,720 milhões de habitantes com uma renda per capita média de R$ 11.459 reais e a engrenagem econômica do Estado, gera um PIB de 170 milhões de reais.
Já o Rio Grande do Norte é habitado por 2.861.311 pessoas, sua renda per capita média gira em torno de R$ 4.039 reais e o PIB gerado pela economia local, é de um pouco mais de 11 milhões de reais.
Convenhamos, a luta é inglória para o Senador.
6 comentários:
Excelente Fernando Amaral. Não temos como competir com os campeonatos:
Paulista.
Carioca.
Gaúcho.
Mineiro.
Paranaense.
Pernambucano.
Goiano.
Baiano
Catarinense.
Cearense.
...
Como vc diz, os times de mentira, Real de Caicó, Corinthians, Macau e etc, não acrescentam nada ao campeonato.
A salvação para os clubes Nordestinos é a volta do Campeonato Nordestino. Não adianta nos iludirmos achando que com a Federação organizada, poderemos esperar alguma coisa do Campeonato Estadual.
As rendas dos jogos do interior são pífias...
A única salvação para ABC FC, América, Potiguar e Baraúnas é a volta do Campeonato do Nordeste.
Esses clubes de mentira, que vivem do apoio do Poder Publico Municipal, deveriam fazer um Estadual de mentira, apenas entre eles, no 2. semestre de cada temporada.
Seria a fase inicial do Campeonato Potiguar. A fase final, esta sim seria disputada no começo da temporada subsequente, sendo nela os clubes classificados na fase inicial se juntariam a todos aqueles que participaram do Campeonato Brasileiro nas suas séries A, B, C ou D.
Este modelo deveria ser implantado em todo Nordeste.
Em Janeiro e Fevereiro, seria, então, disputada a fase final do Campeonato Potiguar.
Em Março e Abril, portanto, se iniciariam as disputas da Copa/Campeonato do Nordeste.
Os estaduais poderiam servir como critério classificatório para o Nordestão. Mas este critério é outra coisa a se pensar.
O importante é que a imprensa do estados do NE devem usar seu poder e lutar pela volta do Nordestão, urgentemente.
Da imprensa, a luta deve contagiar o presidente da FNF e os dirigentes da dupla ABC e América.
Precisamos fazer esta revolução!
Abrace esta luta!
Outra idéia que creio poderia ser aplicada ao calendário nacional, não é minha, pois a li por aí, nestes blogs da vida.
A copa do Brasil deveria ser deslocada para o segundo semestre, enquanto que a sul-americana deveria ser dispultada simultaneamente com a Libertadores.
Ora, com a decisão da Conmebol de impedir que clubes que disputam a Libertadores também entrem na Sul-americana, esta competição, numa analogia, ganha o status de Copa da UEFA da América do Sul.
Não faz sentido cada torneio ser disputado em um semestre.
E com o deslocamento da Copa do Brasil para o 2. semestre, mais datas poderiam servir ao aqui defendido Campeonato do Nordeste.
Não podemos continuar com este calendário é verdadeiro empecilho aos clubes do Nordeste.
É isto.
Abecedista.
Caro Fernando Amaral,
Concordo com quase tudo o que você disse. É fato público e notório que poucos clubes no Brasil têm condições de montar times com a maioria dos jogadores conhecidos, já testados e aprovados. Os daqui, então...
Só discordo em um ponto: não é o fato do jogador contratado por Abc ou América ser desconhecido que é um problema, é a qualidade (ou a falta dela) que irrita e preocupa. Quando Madson foi contratado, pouco se sabia a seu respeito. O mesmo pode ser dito em relação a Júlio Terceiro. Eu mesmo jamais havia ouvido falar neles, e olha que sou fissurado em futebol, do tipo que vai ver todos os jogos do América e, ao chegar em casa, fica na internet lendo as reportagens sobre o jogo ou ouvindo a resenha da rádio Globo. Os dois e mais uns dois ou três desconhecidos que passaram por Abc e América do ano passado para cá foram boas contratações. O problema é que foram praticamente as únicas, em meio à enxurrada de jogadores (?) que sequer seriam por mim relacionados para participarem de uma pelada na praia, pelo menos não no meu time. Veja o exemplo do América. Do ano passado para cá, contratou uns 200 jogadores e uns 8 a 10 treinadores. Com a qualidade (?) da imensa, esmagadora maioria dos boleiros que foram contratados, nem Muricy Ramalho conseguiria realizar um bom trabalho. Aí você pega outro detalhe: em terra de cego, quem tem um olho é rei. Pois bem! Num campeonato tão nivelado por baixo, como foi a Série B deste ano (pelo menos 16 times dos 20 participantes tinham um nível baixíssimo), quem tem um "algo a mais" leva vantagem e se destaca. Se você só dispõe de jogadores sem qualidade, dê a eles pelo menos um bom condicionamento físico e os coloque para treinar fundamentos todos os dias da semana que certamente você obterá algum sucesso. No América (e me parece que no Abc também) o preparo físico dos jogadores, em regra, era sofrível. Dava pena ver a maioria dos jogadores rubros dar dois, três piques e, logo depois, passar o resto do jogo morto, sem conseguir sequer jogar a bola pra frente para correr atrás dela. Os adversários, muitos, repito, de nível tão ruim quanto o nosso, levavam vantagem, na maioria das vezes, no melhor condicionamento físico. Faça um levantamento das partidas do América para ver quantos jogos perdemos no 2º tempo, principalmente próximo do final do jogo... E o que tivemos de passes errados, cruzamentos para fora do campo, chutes a gol saindo pela lateral ou caindo fora do estádio... A sensação que eu tenho quando vejo muitos desses jogadores em atividade é a de que, quem os contratou, os encontrou na rua, não assistiu nenhum treino ou partida desses camaradas. Eu não acredito, por exemplo, que quem contratou Jimmy tenha visto ele "atuar". Se viu, ou nada entende de futebol ou estava bêbado no momento da contratação. E o pior é que o treinador ainda cismava de colocá-lo para tentar jogar. Eu não sei quem passou mais vergonha este ano: Jimmy tentando dominar uma bola (coisa que ele absolutamente não conseguiu), ou eu na arquibancada assistindo o espetáculo deprimente...
Em relação ao Diretor "Peninha", não o conheço, não sei detalhes de sua vida profissional ou pessoal, mas as recordações que tenho do período que ele passou à frente do clube no passado não são nada boas. E se comenta à boca miúda, na cidade, que administração de empresas não é exatamente o forte dele... Como disse, não o conheço e não posso afirmar nada a respeito, exceto que quando ele saiu do América no passado, o clube mergulhou em profunda crise. Se a responsabilidade foi dele ou não, eu também não sei...
Um grande abraço.
Joilson Carvalho.
Prezado Fernando, depois dos comentários dos colegas Abcedista e Joílson, fiquei com as palavras esvaziadas, por refletirem justamente o que penso sobre o assunto posto. Mas, no afã de contribuir, penso que posso te ajudar com uma "Errata", no que refere aos números do PIB do RJ e RN, que creio devam ser expressos em Bilhões e não em Milhões. Vale a pena a correção, pela disparidade. Um abraço e continue nos brindando com boas idéias e discussões.
Excelente!!! Não é possível que agora eles não entendam (torcedores e dirigentes fanáticos e "voadores"), se não vai ter que desenhar!
"Apesar dos pesares" o ABC sempre tem boas rendas no campeonato brasileiro, mesmo fazendo campanhas pífias como a atual, fico impressionado com o contentamento dos clubes nordestinos em relação a CBF, ta na hora de pressionar e exigir o retorno da copa do nordeste ou algo parecido! É so mostrar a viabilidade $$$ econômica que a idéia pode ganhar força!
Fernando vc foi perfeito, não tenho nada a acrescentar ao seu post.
Concordo com ABECEDISTA, quanto a fórmula do estadual (1° fase com a "RECA" e a 2° fase com os que realmente brigam pelo título), apenas acrescento o Alecrim (Sou ABCDISTA) no grupo que briga pelo título estadual e a idéia da pressão política para a volta da copa do Nordeste, é a unica solução para "dobrar" a CBF.
Perfeito Fernando Amaral,
mas devo acrescentar que aliada a falta de dinheiro, temos a falta de profissionalismo que emperram ainda mais essa máquina. Para ser concreto e objetivo quando me refiro a falta de profissionalimo vamos a um entre tantos fatos relevantes: os dirigentes daqui ainda escolhem e mantem em seus quadros pessoas não por critérios técnicos, mas por relação de amizade. Isso é de um amadorismo sem precedentes.
Um abraço
Seu amigo psicologo.
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