Imagem: Diário de Natal (colagem do escudo, Fernando Amaral)
No início, foram os cumprimentos de praxe, mas que deixavam a sensação de ir além das convenções sociais.
Porém, alguns meses depois de estrear na apresentação do TV U Esporte ao lado de Lupercio Luiza, o Coronel Veiga cruzou comigo na chegada ao Machadão e dessa vez parou, me olhou e disse; “parabéns, gosto do seu estilo, gosto da sua postura e gosto da sua sinceridade”!
Estendi-lhe a mão, agradeci e fui para casa com o sentimento de dever cumprido.
Voltamos a nos encontrar algumas vezes, ou na chegada, ou na saída do Machadão, mas uma nova conversa só voltou há acontecer algum tempo depois, numa festa do Alecrim FC.
Passei por sua mesa para lhe dar um abraço e ele me convidou para sentar, falamos um pouco sobre muitas coisas e então, ao saber que sou filho e neto de militares, o velho Coronel, sorriu e diz; “eu sabia que tinha alguma coisa por trás desse espírito combativo”.
Fui apresentado a sua esposa, senhora que guardei na lembrança, pois gentil, educada, charmosa e bonita, me lembrou os velhos tempos, onde nas festas que freqüentei na companhia de meus pais, não cansava de admirar aquelas senhoras que sabiam exatamente quem eram, e o que representavam.
O tempo passou e a última vez que o vi, ele estava alquebrado pela doença e pelo peso dos anos, mas seus olhos cintilavam e pacientemente, atendia a todos com a mesma educação, atenção e delicadeza.
Amparado por seu filho caminhava passos lentos, me juntei aos dois, enlacei o braço livre e caminhei no seu ritmo conversando amenidades.
Ao chegar ao portão do Machadão, brinquei ao me despedir...
Bati os calcanhares, me pus em posição de sentindo, prestei continência e repeti a velha formalidade entre “subalternos” e “superiores”, dizendo; “permissão para me retirar senhor”...
O Coronel sorriu e emendou; “dispensado”!
Hoje ao saber de sua morte, recordei que naquela noite, havia sentido certa angustia ao vê-lo se afastar lentamente em direção ao seu automóvel, pois senti o peito oprimido pela sensação de que não o veria mais...
Maldita premonição!
Não conheci o Coronel nos seus tempos de glória, não privava do convívio diário e tão pouco chegamos a conversar por uma hora inteira.
No início, foram os cumprimentos de praxe, mas que deixavam a sensação de ir além das convenções sociais.
Porém, alguns meses depois de estrear na apresentação do TV U Esporte ao lado de Lupercio Luiza, o Coronel Veiga cruzou comigo na chegada ao Machadão e dessa vez parou, me olhou e disse; “parabéns, gosto do seu estilo, gosto da sua postura e gosto da sua sinceridade”!
Estendi-lhe a mão, agradeci e fui para casa com o sentimento de dever cumprido.
Voltamos a nos encontrar algumas vezes, ou na chegada, ou na saída do Machadão, mas uma nova conversa só voltou há acontecer algum tempo depois, numa festa do Alecrim FC.
Passei por sua mesa para lhe dar um abraço e ele me convidou para sentar, falamos um pouco sobre muitas coisas e então, ao saber que sou filho e neto de militares, o velho Coronel, sorriu e diz; “eu sabia que tinha alguma coisa por trás desse espírito combativo”.
Fui apresentado a sua esposa, senhora que guardei na lembrança, pois gentil, educada, charmosa e bonita, me lembrou os velhos tempos, onde nas festas que freqüentei na companhia de meus pais, não cansava de admirar aquelas senhoras que sabiam exatamente quem eram, e o que representavam.
O tempo passou e a última vez que o vi, ele estava alquebrado pela doença e pelo peso dos anos, mas seus olhos cintilavam e pacientemente, atendia a todos com a mesma educação, atenção e delicadeza.
Amparado por seu filho caminhava passos lentos, me juntei aos dois, enlacei o braço livre e caminhei no seu ritmo conversando amenidades.
Ao chegar ao portão do Machadão, brinquei ao me despedir...
Bati os calcanhares, me pus em posição de sentindo, prestei continência e repeti a velha formalidade entre “subalternos” e “superiores”, dizendo; “permissão para me retirar senhor”...
O Coronel sorriu e emendou; “dispensado”!
Hoje ao saber de sua morte, recordei que naquela noite, havia sentido certa angustia ao vê-lo se afastar lentamente em direção ao seu automóvel, pois senti o peito oprimido pela sensação de que não o veria mais...
Maldita premonição!
2 comentários:
É uma grande perda para o Alecrim e para o futebol do RN.
O Alecrim é o único time genuinamente natalense, único que carrega em si uma parte da cidade do Natal.
É o time do ex-presidente Café Filho e resiste gloriosamente ao tempo.
O ABC surgiu para homenagear um acordo internacional entre vizinhos sul-americanos; o América tenta representar o continente (assim como os outros trinta e tantos Américas do País), mas não consegue.
O Alecrim é local, é regional, é de um bairro da cidade do Natal.
Grande abraço a você e parabéns pelo blog...
Rodolfo
O Alecrim ficou orfão de uma figura muito importante da sua história, em nome de toda família alviverde presto condolências à morte do coronel Veiga.
Linda homenagem Fernado.
Parabéns.
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