Durante a semana em que se especulou sobre o nome do novo secretário (a) da SEL (Secretaria de Esporte e Lazer do Município da cidade do Natal), apenas esperei...
Nesses momentos é sempre bom um pouco de cautela, pois quase sempre balões são lançados no “espaço” com intuito de verificar a aceitação de um determinado nome, ou, o objetivo é “queimar” o “indicado”.
Porém, no intimo nunca acreditei que Virna, ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei e agora, jogadora de vôlei de praia, aceitasse o cargo.
Alguns motivos me levavam a solidificar essa tese e todos me pareciam absolutamente lógicos.
Virna saiu de Natal para buscar um espaço que jamais teria conseguido aqui, deixou sua família e partiu em para conquistar seu sonho...
E conquistou!
Não tenho condições de avaliá-la com atleta de voleibol, não conheço a técnica com profundidade, me atrapalho com as regras e pouco vejo o esporte, mas imagino que se ela chegou aonde chegou, não foi ao acaso e sim por ter alguma qualidade.
Sobre a vida particular de Virna, não tenho o menor interesse, mas pelo pouco que se sabe, Virna é uma mulher dedicada a sua profissão e cuidadosa com sua imagem pessoal e profissional...
Isso por si só, já é ótimo!
Sua formação intelectual também me é desconhecida, mas quando a entrevistei no TVU Esporte e a vendo em outras entrevistas, me pareceu uma moça inteligente e articulada.
Mas que razões me levavam a crer que Virna não aceitaria a indicação?
Virna ainda é jovem, capaz de jogar por muitos anos o vôlei de praia, então porque largaria o Rio de Janeiro, a vida que lá construiu os amigos que fez o respeito profissional que conquistou e os projetos que poderá encaminhar e viria para Natal para sentar numa salinha muito mequetrefe e comandar uma secretaria ainda mais mequetrefe?
A SEL não é uma secretaria de esporte, nunca foi...
Não tem verba própria, não tem nenhum projeto para médio ou longo prazo e, fingi administrar dois elefantes brancos, o Machadão e o Ginásio Humberto Nesi (agora, há um terceiro, o Ginásio Nélio Dias na zona norte, mas como ainda é recém inaugurado, ainda está bonitinho).
Mas, esperem o passar do tempo e verão o resultado...
Basta ver o estado de conservação em que se encontram o Machadão e o Humberto Nesi...
Virna se sujeitaria a abandonar o posto de uma das musas do vôlei brasileiro para virar alvo de criticas e “pedradas” como a Geni de Chico Buarque?
Nem morta, creio eu.
Não sei quanto ganha um secretário, mas acho muito se levarmos consideração o nada que eles fazem, porém, creio que Virna morando no Rio, próxima de São Paulo e contando com o aval de sua história pessoal, seja capaz de ganhar muito mais e fazer muito melhor por ela e pelo voleibol.
A SEL não é lugar para gente com história no esporte e nem para técnicos com embasamento teórico e qualificação prática, não mesmo...
Ninguém assim e com caráter se submeteria a ficar no comando de um órgão que nada pensa ou produz em prol do esporte.
A SEL é um posto para políticos, pois políticos nesse país, não estão preocupados com absolutamente nada a não ser com eles mesmos, e com a manuntenção de seus “líderes” no poder.
Desafio tanto ao secretário que agora deixa o cargo, quanto ao que vai assumir que apresentem um textinho sequer onde tenham exposto qualquer pensamento pessoal sobre o esporte e que tenha sido publicado pelo menos num folheto de bairro...
Desafio a qualquer um deles que me mostre em seu currículo, um mês sequer onde tenham vivido do esporte ou pelo esporte...
E por fim, desafio a qualquer um deles a me apresentar sem ajuda é claro do Google ou Wikipédia, quem são seus gurus no esporte e por quê?
Mas, não tenho dúvida, que na prática de entregar camisas, bolas, tapinhas nas costas, sorrisos ensaiados, discursos vazios e estéreis, eles são campeões.
O ex-secretário cumpriu seu papel com brilhantismo, pois não incomodou o prefeito, não pleiteou nada, aceitou tudo em nome da "causa" e agradou em cheio os tais líderes comunitários e esportivos da cidade que tanto contribuem “pescando” votos nas eleições, dando-lhes a única coisa que essa gente quer: umas tacinhas para serem distribuídas em torneios mambembes, camisas de qualidade duvidosa para peladeiros de fim de semana, bolas com prazo de validade de no máximo três confrontos e de vez em quando, pousando para fotografias que ninguém vê, mas que ficam expostas como troféus nas salas das tais lideranças...
Que venha então o veterinário João Ananias, pois sua profissão o torna um especialista em parasitas e parasita é que não falta à volta dos políticos e suas secretarias.
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