segunda-feira, dezembro 08, 2008

O grande mérito do São Paulo, está fora do campo...

O São Paulo soube construir seu hoje, quando no passado abandonou a arrogância e atento, percebeu as mudanças que viriam.

Não se fechou em si mesmo e nem deixou que as máximas cultuadas como verdades absolutas, o impedissem de ir busca além fronteiras ensinamentos que hoje lhe garantem o não só as conquistas no campo, mas a consistência de um clube estruturado e voltado para incorporar ao seu patrimônio, todo o conhecimento produzido por quem quer que pense o futebol como um negócio lucrativo, viável e em expansão.

Dizer que é tudo perfeito, seria uma inverdade, mas é preciso reconhecer que vivendo cercado pela mediocridade e enfrentando a miúda cultura que permeia o futebol brasileiro, o tricolor paulista está hoje muito distante de seus co-irmãos.

Muricy Ramalho é treinador, tem o apoio de seu Presidente, mas não detêm o poder absoluto e não faz o que bem entende.

Não chegou ao clube com uma lista de “nomes de sua confiança”, não impôs a sua comissão, muito pelo contrário, começou com os jogadores que dispunha e a comissão técnica colocada a sua disposição é do clube...

Suas reivindicações precisam ser consistentes, seus argumentos para que fulano ou beltrano seja contratado necessitam ser fortes e irretocáveis.

Muricy é forte dentro do clube por competência e não apenas por conhecer melhor que seus patrões o meio em que vive.

É bom se ter em mente que Muricy Ramalho é cria do São Paulo.

Rogério Ceni é um dos ícones do clube, mas Rogério não é sempre perfeito...

Sua maior virtude está no seu profissionalismo, na sua dedicação e na constante busca de corrigir erros e defeitos...

Isso transformou Rogério Ceni em um goleiro cuja regularidade impressiona a quem conhece e gosta da posição.

Mas Rogério sabe que estar em clube como o São Paulo ajuda e ajuda muito a quem pensa como ele...

Rogério tem consciência que uma ou outra falha não irá tirar o equilíbrio de seus patrões e que esses mesmos patrões, não irão permitir que as “cornetas” tocadas nas arquibancadas, apaguem de uma hora para outra seu passado e sua história...

Muricy e Rogério Ceni são apenas dois exemplos de como o clube conseguiu equilibrar as emoções pessoais, com necessidade de racionalidade e visão empresarial...

Esses são apenas dois exemplos que somados a muitos outros justificam a trajetória vitoriosa do mais organizado e melhor dirigido time do Brasil.

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