sexta-feira, dezembro 05, 2008

Homeless World Cup - Copa do Mundo dos Moradores de Rua - Parte 1.

Imagem: Homeless World Cup Site Oficial
Desde o dia primeiro de dezembro está sendo realizado na cidade de Melbourne na Austrália o VI Homeless World Cup...

E o que vem a ser o Homeless World Cup?

É o Campeonato Mundial de Futebol de moradores de rua.

Organizado pela Rede Internacional de Jornais de Rua (INSP, na sigla em inglês), tem o objetivo de integrar moradores de rua dos países que possuem ONGs que os auxiliam.

Porém, antes de continuar, é necessário abrir um pequeno parêntesis para explicar algumas diferenças entre os moradores de rua dos países de primeiro mundo e seus primos paupérrimos.

O morador de rua de países como Canadá, Alemanha, França, Inglaterra, Dinamarca (incrível, eles os têm), Suíça (lá também), Bélgica e Holanda, por exemplo, não dorme em calçadas ou sob pontes, dorme em albergues e na sua maioria realiza algum tipo de trabalho (informal).

Os que lá se encontram nessa situação, normalmente têm problemas com drogas, alcoolismo, emprego (formal) ou abandonaram suas famílias por problemas de relacionamento.

Os que não exercem qualquer atividade laboral, não chegam a ser um número significante.

Ao pesquisar sobre o assunto me deparei com fatos extremamente interessantes, como um dinamarquês que estuda filosofia, um austríaco estudante de ciências sociais e outros inúmeros universitários que ao largarem suas famílias, não largaram seus sonhos e, passam o tempo que sobra fora das salas de aula, nas ruas de suas cidades, a realizar qualquer tipo de trabalho que lhes garanta o custeio de livros, roupas e alimentos.

Outra surpresa agradável foi tomar conhecimento de publicações existentes nesses países e nos Estados Unidos, direcionadas a essas pessoas e por elas vendidas.

Essa é a razão do apoio e organização por parte da INSP do Homeless World Cup.

As três maiores publicações do mundo sobre o assunto são a inglesa Big Inssue, a americana New Yorker e a canadense Canucks.

No Brasil existe a Ocas paulista com tiragem de 8 mil exemplares.

3 comentários:

Anônimo disse...

Parte dos moradores de rua dos EUA, peno menos em NYC, Philadelphia, onde morei, dormem em parques, estações de trem, metrô e ônibus, ou nas calçadas, em cima de saídas de ar quente (porque no inverno o bicho pega).

Quando fica muito frio, a polícia tem poder de recolhê-los a força, e aí a confusão é grande. Apesar dos albergues darem cama e comida de graça, vários deles não querem ir para lá, porque têm que se desfazer de alguns pertences (que são considerados lixo) ou porque são obrigados a tomar banho.

O New Yorker e esses outros jornais não são direcionados a esse público, eles dão oportunidades de emprego e realizam programas sociais direcionados a eles.

Bruno.

Anônimo disse...

Oi FA,

Me esqueci de falar que eu assisti na ESPN a um programa sobre a copa de 2007. Muito legal.

[]s,
Bruno.

Anônimo disse...

Uma pena que nenhum membro da crônica esportiva potiguar levante e defenda a bandeira da volta de um campeonato do Nordeste.

Não precisaria que o Estadual fosse eliminado, mas poderia haver uma fase posterior a Estaduais mais enchutos.

Como seria isso? Março e Abril serviriam para o Campeonato do Nordeste, enquanto Janeiro e Fevereiro seriam destinados aos estaduais.

Aliás, os Estaduais, para as equipes que não dispões de calendário nacional, já deveria começar até antes, em dezembro ou novembro. Nesta situação, o Campeonato Potiguar disporia até de mais clubes, sendo que apenas uma parte deles se classificaria para as fases finais, disputadas, como dito, em janeiro e fevereiro.

Exemplo: até 15 clubes começariam as disputas do Estadual já em outubro ou novembro. Destes 15, de 6 a 8 deles se classificariam e se integrariam a ABC FC e América e, porventura, outro clube potiguar que estiver disputando a série C ou D do brasileiro.

Outra coisa: um mini-nordestão com 12 clubes (4 da Paraíba, 4 do Ceará e 4 do RN), disputando por pontos corridos, em turno único, seria sensacional.

É questão de sobrevivência que as Federações do Nordeste amoldem seus calendários de modo a permitir campeonatos mais rentáveis, tendo em vista o calendário nacional.

É uma pena que a crônica esportiva potiguar não faça nada pelo falido futebol potiguar e nordestino.

Que pelo menos se juntassem, num primeiro momento, as equipes da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Ceará, Fortaleza, Ferroviário, Icasa, ABC FC, América, Potiguar de Mossoró, Baraúnas, Campinense, Treze e Botafogo certamente fariam um campeonato bem mais atraente, sobretudo se fosse na fórmula de pontos corridos.

O campeonato potiguar é uma piada. Corinthians de Caicó, Macau, Potyguar de Currais Novos, entre outros, são clubes de mentira, como vc mesmo disso.

Precisa-se revolucionar o Futebol Potiguar.

Do jeito que está, com Estaduais do Nordeste altamente deficitários, continuará sendo praticamente impossível termos clubes estruturados, sobretudo financeiramente.

Veja só. Em São Paulo, dos 20 clubes da 1a. divisão, 12 clubes disputam a série A ou a série B.

No Carioca, são cinco. Em RS, 3. Nas MG, 3. E por aí vai...

Na 12a. Federação deste país, a FNF, 2 clubes disputam as séries A ou B. Na verdade, os 2 disputam a B.

Agora, num Campeonato do Nordeste entre os clubes de Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, teríamos 5 clubes da série B. 25% dos participantes dela.

E se Pernambuco entrasse no torneio? Ainda assim teríamos um campeonato com 2 clubes da A e 5 clubes da B, o que é pouco antes do Paulistão (6 da A e 6 da B).

E se Bahia entrasse no torneio? O Nordestão passaria a contar com 3 da A e 6 da B.

Isso no começo. Com o passar dos anos, a tendência seria o fortalecimento ainda maior dos times que disputassem o torneio, refletindo em mais acessos para as divisões principais do Futebol brasileiro.

Só a volta do Campeonato do NE permitiria aos clubes daqui não viver este cenário de final de temporada: a debandada de atletas para a disputa do famigerado Campeonato Paulista.

Por favor, Fernando Amaral, pela salvação do Futebol do Nordeste e, sobretudo, Potiguar, ajude nosso Futebol e levante esta bandeira: a volta de um campeonato do Nordeste, nem que seja pela metade, apenas com Ceará, RN e Paraíba.

Att.

Marcus Loris.