A tensão não estava somente nas arquibancadas do Machadão no sábado passado (29/11), quando o América acabou conquistando o direito de permanecer na Série B, após derrotar o Corinthians por 2x0.
Havia tensão e muita entre o árbitro principal e o quarto árbitro...
Carlos Eugênio Simon árbitro do jogo e João Alberto Gomes Duarte quarto árbitro não conseguiram se entender.
- Ao chegar ao vestiário reservado aos árbitros, Simon chamou João Alberto e em tom impositivo, disse: “Você faz o relatório do jogo e me passa para assinar”.
- João Alberto olhou para Simon e respondeu: “Eu não, você faz” e, antes que Simon pudesse dizer qualquer coisa, João Alberto emendou...
-“O relatório é obrigação sua, você é pago para fazê-lo! Eu quando no comando de uma partida, nunca pedi para ninguém fazer uma obrigação que é minha, pois se houver algum erro ou equivoco. sou eu que terei que dar satisfações”.
- Sem pestanejar, encerrou afirmando: “Posso ajudá-lo, mas, fazer, não faço não”.
Porém, as escaramuças entre os dois não terminaram por aí...
Segundo mandam as normas de arbitragem, o árbitro deve informar ao quarto árbitro o tempo que será acrescido ao jogo, aos 44 minutos, seja da primeira ou da segunda etapa e, o quarto árbitro, deve levantar a placa luminosa informando esse tempo, aos 45 minutos.
Simon inovou e resolveu informar a João Alberto, o tempo de acréscimo da segunda etapa aos 42 minutos de jogo e João, ficou aguardando o tempo regulamentar para erguer a placa...
Diante da festa e da bola rolando, ninguém percebeu o “drama” que rolou nos três minutos que separaram a informação passada por Simon e o momento em que João informou ao público no estádio os minutos que seriam acrescidos.
Durante esse curto espaço de tempo, Simon ficou pressionando através de sinais, para que João levantasse a placa antes do tempo determinado e João, olhava para ele e mostrava o relógio.
- Num lance próximo a linha lateral, Simon disse a João: “Levanta a placa agora”.
- João Alberto calmamente respondeu: “Levanto aos 45 minutos como manda a norma”.
Terminada a partida, enquanto a torcida americana comemorava a vitória e a conseqüente permanência na Série B, o clima permaneceu tenso no vestiário.
- Banho tomado, Simon voltou a cutucar João Alberto se dirigindo a ele e dizendo: “Se já assinou a súmula, está liberado, pode ir embora”.
-Mais uma vez João Alberto não deixou barato: “Já assinei e sei que isso me libera, mas ir embora vou quando eu quiser e não quando você resolver que eu vou”.
Simon calou-se e apesar do forte constrangimento nada mais aconteceu.
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