Feriadinho morno esse...
Que fique bem claro, que falo do meu feriadinho e não do seu, meu caro leitor.
Entretanto, para ser sincero, sempre preferi feriados “mornos”, até por que, considero os feriados, dias propícios para deixar a preguiça tomar conta de tudo...
Manhãs de sono...
Almoços fora de hora...
Camisetas e calções surrados...
Pés descalços...
Cadeiras confortáveis...
Livros...
Boa música...
E, litros de Coca-Cola com gelo em abundância e os cigarros consumidos, após xícaras de um bom café...
Foi assim que passei meu feriado.
Dividi o tempo entre descobrir novas músicas e ler o livro de Stephen Ambrose, intitulado, “Soldados Cidadãos”...
Na música, consegui garimpar as polonesas Edyta Bartosiewicz, Anita Lipnicka e Georgina Tarasiuk, belas mulheres e donas de belas vozes...
A elas, se juntaram a banda Genialistid e a cantora Liisi Koikson da Estônia, que somadas ao cantor Viktor Varga e a banda de rock progressivo Legjobb Magyar da Hungria, fizeram da minha pesquisa um sucesso total – ao menos para mim.
Por falta de hábito, a língua a princípio é uma barreira, mas ao acostumar os ouvidos, fica fácil apreciar todo o resto.
Já com o livro, pude entender melhor o soldado americano que desembarcou na Normandia...
Não eram como muitos pensam soldados prontos e preparados para a guerra que iriam enfrentar e, nem tão pouco, seus oficiais eram os melhores...
Eles tiveram que aprender no dia a dia e a um custo alto em vidas que o inimigo não seria tão facilmente batido e que, o soldado alemão era um oponente formidável...
Patinaram nas sebes francesas, e na defesa de Bagstone, mostraram seu valor...
“Soldados Cidadãos”, é um livro bem interessante, escrito sem arroubos patrióticos, mas sim com um forte senso critico.
Porém, esse não é assunto para esse espaço, pois aqui, o assunto é futebol e curiosamente, o futebol só entrou em pauta, no apagar das luzes do meu feriadinho morno...
Acho que saí de casa para os estúdios da 95 FM, por volta das 18 horas...
Devo admitir minha convicção que a noite não seria nada, nada favorável.
Infelizmente, não errei.
Quando as imagens do estádio Couto Pereira apareceram, fiquei ainda mais convicto...
Havia um ar de vitória no estádio e para eles, o América era apenas um dócil convidado, sem força para estragar a festa de aniversário, a caminhada rumo ao título e a ascensão à Série A de 2011...
Quando a bola rolou, tudo se confirmou.
O Coritiba jogou fácil: na verdade, treinou...
Acuado, desarticulado, confuso e temeroso, o América assistiu a equipe adversária tocar a bola, pressionar e marcar seus gols sem maiores dificuldades.
Na segunda etapa, dizem alguns, que o América melhorou...
Será?
Ou seria melhor, reconhecer que o Coritiba afrouxou as rédeas e passou a jogar num ritmo mais light?
Na verdade, ambas as coisas aconteceram, pois uma foi fruto da outra.
No entanto, se o América avançou sua equipe, o Coritiba continuou a ser mais perigoso nos contra ataques e antes de sofrer o gol de Vavá, a equipe paranaense perdeu umas três ou quatro chances claras de gol...
Depois do gol americano, o Coritiba voltou a comandar o jogo, perdeu mais umas duas boas chances e, por ser infinitamente superior, marcou mais dois gols.
Quando o árbitro encerrou a partida, fiquei com a sensação que a goleada de 5x1, até que foi parcimoniosa, pois quem viu o jogo, sabe que cabia muito mais.
Para encerrar, a rodada não foi de todo ruim para o América...
Por incrível que pareça, a vitória do Ipatinga acabou beneficiando o América.
Como?
Simples...
Se o Vila Nova vencesse, teria chegado aos 35 pontos e, como o Bragantino empatou e chegou aos 34, o América derrotado, teria ficado distante do décimo sexto lugar 8 pontos...
Com a vitória do Ipatinga, o Vila permanece com 32 e a distancia entre o América e a zona de salvação é de 6 pontos.
Essa é a luzinha no fim do túnel e, não adianta pensar diferente...
Ou o América ultrapassa o Vila, ou a Série C é o que aguarda os rubros em 2011.
Um comentário:
Seu Fernando,
Acho que um belo trabalho de marketing da Diretoria do América seria enviar um DVD de Titanic para cada torcedor, com comentários sobre as vantagens da Série C, mais regional e com viagens menos desgastantes.
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