sábado, maio 26, 2007

Escreveu e assinou... Honre!

Pessoalmente não gosto do futebol do Astudillo, mas tenho que lhe dar razão na questão relativa à rescisão de seu contrato. Quem contrata precisa honrar aquilo que propôs, é isso que espera o contratado. Astudillo não se ofereceu ao América, possivelmente nunca tenha sequer ouvido falar da existência do clube, assim como o clube também nele nunca tinha ouvido falar... Alguém o indicou alguém trouxe debaixo do braço um currículo e o imprescindível DVD (aquele disquinho onde um editor só coloca os grandes lances do individuo). Alguém leu o currículo, viu e se encantou com o DVD. A partir daí foram entabuladas as negociações. De um lado a experiente diretoria do América e do outro o experiente empresário do jogador. Ao que parece o experiente empresário foi mais experiente e aproveitando o encanto que nós natalenses temos por estrangeiros, fechou em 30 mil reais mensais o salário do atleta, além da hospedagem e outras possíveis mordomias. Agora o “romance” chega ao fim e o América não quer mais dançar um tango ao som da voz de Gardel, prefere voltar ao ritmo dos atabaques baianos aos gritinhos efeminados dos cantores das tais bandinhas de forró (Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro devem tremer em suas tumbas) e ao remelexo daquelas moçoilas feinhas, mas coxudas que os acompanham. Porém, diz à lei que tudo aquilo que se escreve em um contrato deve se cumprido e, portanto deve ser honrado. Astudillo tem razão, quer o que lhe foi proposto, pois é assim que funciona em todos os lugares onde impera a decência. Se não podia carregar o andor não se apresentasse diante do pároco, se não tinha munição, não trocasse tiros... Astudillo pode não ser nenhum craque, mas é argentino, jogou no Chile e para quem não sabe o nível cultural e intelectual dos jogadores de lá, é infinitamente maior que os de cá. Na Argentina, se um clube da terceira divisão atrasa salários, o sindicato dos jogadores para todas as competições até que tudo seja quitado. No Chile os clubes são obrigados a apresentar antes de cada competição sua planilha de gastos e ao final publicam seus balanços de acordo com as normas legais do país e os estatutos de sua federação nacional. Lá é comum um jogador de futebol ler Gabriel Garcia Marques, lá eles ouvem Astor Piazzola e isso faz muita diferença a qualquer hora... Ah, não me venham usar o Maradona como exemplo, temos muitos iguais a ele por aqui, mas temos poucos como Figueroa, Cejas, Perfumo, Rattin, Valdano, Pedro Rocha entre outros.

Um comentário:

Anônimo disse...

VOCÊ CONTINUA O MESMO DE SEMPRE: IRRECUPERÁVEL, INSUPORTÁVEL, INTOLERANTE E INTRAGÁVEL.