sábado, outubro 28, 2006

7 Atitudes muito comuns entre cartolas e que explicam muitos fracassos.




1 – Priorizar uma competição em detrimento de outra...
O velho chavão de que: “Nossa prioridade é o campeonato y”, pode parecer pomposo e objetivo, mas na verdade é apenas a maneira mais rápida de se fracassar em toda uma temporada. Priorizar uma competição, não nos dá a certeza de vencê-la, portanto se um time fracassa diante da prioridade, toda a temporada fica em risco, pois o abatimento diante do sonho perdido torna a recuperação nas outras competições muito difícil.
Se um clube está disputando duas ou três competições em paralelo, deve valorizar a todas, pois se uma escapar das mãos, sempre haverá motivação para conquistar a outra.

2 – Manter desigualdade no grupo...
Dividir o elenco entre os “queridinhos da diretoria”, a “meninada da base” e os que “compõem o grupo”, é junto com salários muito diferentes, o melhor caminho para azedar o doce. Nenhum jogador de futebol é mais tolo, para aceitar passivamente que um grupo tenha privilégios, enquanto ele é cobrado. Nenhum jogador, aceita mais correr o tempo todo, para que o “xodó” ganhe mais que ele e, ainda seja tratado como reizinho. Todos aqueles que chegam ao time de cima, querem naturalmente sua oportunidade e esperam que essas oportunidades sejam equânimes ou que ao menos sigam algum critério.

3 – Comandantes demais...
Todo mundo precisa saber quem é que responde por uma determinada situação, todo mundo precisa saber a quem recorrer em uma circunstância qualquer, enfim, todos precisam saber quem manda. Clube sem um Diretor de Futebol forte, competente e com carta branca para resolver as coisas, acaba virando casa de mãe Joana, todos os dias tem um dirigente diferente a dar pitaco, correr atrás de repórter para ser entrevistado e sumir de fininho na hora de uma bronca.

4 – Trocar constantemente de técnicos...
Toda mudança de comando é traumática e todo novo comandante, precisa de tempo para adaptar-se ao clube e os atletas a ele. Não conheço nenhum clube que tenha trocado 3, 4 ou 5 vezes seu comandante e tenha obtido sucesso. Normalmente essas trocas são cortinas de fumaça, para tentar tirar a responsabilidade de cima dos dirigentes.

5 – Trocar atletas durante a competição...
Na Europa, as férias dos jogadores e a pré-temporada, sevem, para que cada clube analise dentro das suas disponibilidades financeiras, que atletas melhor se encaixariam dentro do planejamento estabelecido para a temporada vindoura, quais as características fundamentais para o estilo de jogo a ser posto em prática pelo treinador e se esses atletas reúnem condições de fazer parte daquela equipe. Aqui a grande maioria dos clubes, monta suas equipes às vésperas da competição e normalmente com base na indicação do treinador contratado ou de algum empresário “amigo” do clube e de seus dirigentes. Pagam salários inflacionados, não tem a preocupação de averiguar o estado de saúde do contratado e quase sempre esse contratado, chega fora de forma e necessitando de um período para recuperá-la. É comum que o clube se sujeite a aceitar cláusulas absurdas, com liberar o contratado, caso apareça proposta melhor ou clube no exterior.


6 – Contratar sem observar as reais necessidades...
No Brasil a cultura do contrata dispensa, é normalmente prejudicial, pois serve como pano quente para encobrir erros e reduzir critica. Dispensa-se e contrata-se com a mesma facilidade e o critério é sempre o mesmo... Dois jogos sem marcar um gol, já é motivo para mandar embora o atacante, errar em uma saída do gol ou falhar em um gol, também justifica a dispensa de um goleiro. A cada troca de treinador, troca-se também o elenco, pois normalmente o técnico que chega, trás no bolso uma lista com seus “homens de confiança”. Outra característica comum é a busca por um nome dito de peso... Esse nome, sempre é um veterano, rodado, pronto para parar e cujo compromisso é se manter em atividade o máximo possível, enquanto o tal “nome” ainda fizer efeito. Raros são os jogadores, que recebem uma avaliação objetiva e respaldada por informações de gente confiável, raros são os chegam e justificam sua vinda.

7 – Insegurança...

Nada é mais prejudicial a um grupo que a insegurança, infelizmente é o que mais se vê nos clubes de futebol. Os clubes contratam sem saber se vão poder pagar e os atletas já chegam preocupados se vão receber, esse tipo de relação, encarece as contratações, pois temerosos do calote, ou os jogadores aumentam sua pedida e ou, só embarcam para o novo clube, mediante dinheiro adiantado. Por outro lado, a política de enganar a si mesmos e a sua torcida, com novas contratações a cada resultado ruim, gera no grupo insatisfação e medo, ambos geram queda de rendimento. Além disso, atletas e comissão técnica têm que viver sobressaltados, com dirigentes passionais, vaidosos e não raramente histéricos que, diante de um mau resultado, invadem vestiários aos gritos e ameaças, ou fazem longas preleções no centro do gramado durante um treino, para dizer ao grupo como eles são maravilhosos e o grupo é ingrato...

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