quinta-feira, outubro 05, 2006

As torcidas organizadas são pequenos PCC’S, a zombar da frouxidão das leis e dos homens...


É preciso dar uma basta nisso tudo, é preciso que essa estupidez tenha um fim, é preciso encontrar em algum lugar, homens com envergadura moral e autoridade, para de uma vez por todas, quebrar a cultura da permissividade e da impunidade. Ao retornar hoje para Curitiba, a delegação do Coritiba, acabou sendo agredida, por um grupo de débeis mentais travestidos de torcedores do coxa em pleno, aeroporto da capital paranaense. Até quando, esses idiotas vão extrapolar o direito de protestar, reclamar, vaiar e até se negar a ir aos jogos diante de uma má campanha? Quem terá a pachorra de sentar com esses desequilibrados e didaticamente, esclarecer que nenhuma equipe de futebol ou de qualquer outro esporte vencerá sempre? Que esse país tem apodrecido ultimamente, é inegável, o cheiro pútrido toma conta de quase todas as instituições, tudo sob a complacência patética da população e o inestimável apoio de uma lei costurada, com habilidade de estilista, para amparar o criminoso e seus crimes. O Brasil seria hilário, se não fosse ridículo, nossas leis beiram a demência (manter em cativeiro um animal silvestre é crime inafiançável, tirar a vida de alguém é perfeitamente afiançável) e nossos advogados, deixaram a muito de exercer sua profissão com o garbo, a cultura e o profundo saber jurídico. Hoje basta impetrar infindáveis recursos, permitidos pela decrépita legislação e se especializar em artimanhas e filigranas para manter impune seu cliente, até que o crime caia no esquecimento e prescreva em gavetas bolorentas. Diante disso e de outras coisinhas, fica fácil entender, por que, em plena quarta-feira, a luz do dia, um grupo marmanjos, (se empregados, deviam ser demitidos, se desempregados, deviam estar protestando contra a falta de emprego) se desloca até um aeroporto, para ficar uivando, berrando e xingando como símios enfurecidos, e não satisfeitos, resolvem aplacar suas frustrações com socos e pontapés. Creio que até, o mais passivo dos homens, tem um limite. Assim como também, que a mais alienada e sonolenta das sociedades, tem seu despertar. Basta de impunidade, basta de passar a mão na cabeça dos que acintosamente, riem da nossa incompetência.

Fernando Amaral.

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