sábado, outubro 14, 2006

Imagem: Guilherme Starling Junior

VALENTE E GUERREIRO O TRENZINHO CAIPIRA ATROPELA ADVERSÁRIOS...

Depois de 30 minutos esperando que as “crianças” parassem de brigar, finalmente a bola rolou para América e Náutico. Jogo complicado, onde a equipe natalense enfrentou seu pior adversário; a ansiedade. E o primeiro tempo, se desenrolou entre toques, estudos, erros de marcação e algumas poucas chances de gol. O empate ao final dos 45 minutos iniciais, foi justo e deixou para segundo tempo as emoções mais fortes. Partida reiniciada, o América foi à busca do resultado, enquanto o Náutico “cozinhava o galo” e vez por outra arriscava um ataque. Até que Souza, sempre ele, percebeu a brecha e chutou para o gol adversário. Obediente e dócil com que a trata bem, a bola atendeu aos desejos do meio campista e aconchegou-se no gol pernambucano. A bola é o craque, tem razões que a vã razão desconhece. América na frente, estádio em rebuliço, sorrisos e abraços a festejar mais um vitória que chegava. Até que num desses descuidos, o silêncio caiu sobre a massa americana, silêncio incrédulo e de gosto amargo, Fábio Silva, que acabara de entrar, marca o gol de empate do Náutico Capibaribe. Logo ele, deve ter sido o pensamento geral, o gol adversário já era difícil de engolir, ainda mais marcado por um ex-jogador do arqui-rival ABC... Atordoados e aborrecidos, os torcedores do América mantiveram a esperança, afinal, os comandados de Heriberto em casa, não costumam falhar. E estavam certos, não demorou muito e Paulo Isidoro, com malícia, raça e força, marcou o segundo gol. Novamente as estruturas carcomidas do velho João Machado tremeram e tremeriam ainda mais. Leandro Sena chega veloz e sela o destino do Náutico. América 3x1... Serelepe e faceiro, o “trenzinho caipira”, segue abrindo caminho em direção ao paraíso, jogando fumaça no rosto dos adversários e carregando os sonhos de milhares de fãs por todo o Rio Grande do Norte.

Fernando Amaral.

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