domingo, outubro 29, 2006

Cruzaram o Helesponto, a imensidão está à frente...

Heriberto da Cunha tem o comando e sabe o que fazer com ele, isso por si só, já é uma imensa vantagem. No jogo em Jundiaí, o treinador americano, entendeu o que a maioria dos exércitos do mundo todo já sabe. A vitória jamais será alcançada por quem se lança ao ataque, sem os cuidados necessários com o abastecimento da linha de frente e pronto para se defender em caso de contra ataque inimigo. Saber a distância exata entre sua ponta de lança e suas provisões são cruciais em uma batalha. Manter limpas as vias de acesso a elas também, porém nenhum comandante,pode desprezar a possibilidade de sustentar uma defesa caso precise. Heriberto sabe disso e foi para São Paulo com tudo planejado, manteve o América posicionado para defender o ímpeto do Paulista nos primeiros momentos, sabia que tinha em Souza o homem capaz de suprir seu ataque e, seus volantes eram competentes para manter limpa a via de acesso que Souza precisava. Conhecia o inimigo e seu comandante, portanto, jogou o jogo como deveria jogar e esperou pacientemente que o adversário viesse à luta. Foi assim que se desenrolou todo o primeiro tempo e foi assim que Heriberto minou os comandados de Vágner Mancini. No segundo tempo a sorte bafejou como sempre bafeja os talentosos, e Souza mais uma vez deixou sua marca. América 1x0! Com a vantagem do placar a seu favor, sabendo que o Paulista viria para cima, Heriberto não se acovardou, manteve o esquema do primeiro tempo, mas imprimiu mais ousadia ao time rubro. O América continuou a defender seu território, mas também fustigou o território inimigo e por pouco não ampliou o placar através de Eduardo. Já o Paulista, tentava uma reação, mas seus jogadores, não conseguiram desmantelar o bem elaborado plano do comandante Heriberto da Cunha. Com esse resultado o time natalense, assume a terceira posição na tabela e sem nenhuma presunção, pode sonhar com o titulo de campeão brasileiro da segunda divisão. Para isso, basta que Heriberto, mantenha seu grupo longe da euforia e do já ganhou, para isso basta, que seus comandados, tenham a fibra dos soldados de Leônidas e a coragem da cavalaria de Alexandre diante de Tebas.

Fernando Amaral.

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