domingo, outubro 29, 2006

Senti falta do futebol e até das más arbitragens. Os árbitros vez por outra roubam nosso time, os políticos sempre roubam nossa esperança...

Domingo sem futebol é como ter uma casa de praia em dia de sol, nas margens do atlântico norte. O sol ta ali, firme e forte, mas a temperatura da água nunca estará acima dos 8 graus e aí, só lhe resta ficar sonhando com o paraíso tropical. Como não tenho casa de praia em lugar nenhum, me vi na obrigação de tomar coragem e partir para minha zona eleitoral, travestido de cidadão poderoso. Afinal meu voto é minha arma e minha arma pode mudar o país... (Seria cômico, se não fosse ridículo). No caminho para mais um inútil exercício de cidadania, deixei o pensamento voar e por sorte liguei o transponder caso contrário, teria me chocado com os inúmeros “dutos” que infestam o ar por essas bandas tropicais. Meu pensamento tenta se esquivar, mas a “Propinobrás” é uma organização forte e de minuto em minuto, me via forçado a uma manobra mais ríspida para não colidir com a cosernduto, sanguessugaduto, cuecaduto, foliaduto, turismoduto, ponteduto, mentiraduto, cinismoduto e outros pássaros mal cheirosos, que insistiam em atrapalhar meus sonhos de eleitor ingênuo e crédulo nas propagandas da justiça eleitoral. Desembarquei no Centro Administrativo e subi orgulhoso à rampa de acesso que me levaria a minha seção, cumprimentei os passantes e tive de parar algumas vezes para responder, aos que me indagavam se o América tem ou não chances de ascender à primeira divisão. Foi aí que descobri que hoje, é mais fácil confiar no vermelho da camisa americana, na política simples e objetiva do partido do Heriberto da Cunha e nos rapazes do time rubro. Afinal, são eles quem melhor nos representam. Diante disso, caminhei todo feliz em direção a urna, mas minha alegria durou pouco, já que não achei o número do Souza, nem a fotografia do Luis Maranhão... Cabisbaixo e decepcionado teclei os tais números e confirmei a duas opções menos dolorosas. Na volta para casa, cheguei à conclusão, que ao invés de pedir votos, nossos políticos, deviam pedir indulto.

Fernando Amaral.

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