O estado e seu aparelho de segurança, a coordenadoria de desportos da secretaria de educação, as escolas e as famílias do Rio Grande do Norte, se renderam à violência, a estupidez e a arrogância, desses grupelhos marginais denominados pomposamente de torcidas organizadas. A evidência de tal absurdo fica clara ao se transferir para o Centro de Convenções na Via Costeira, a abertura dos Jogos Estudantis – JERN’S.
Pobre país, pobre estado, pobres instituições e pobre povo... Custa me crer que vivi o bastante para ver a turba triunfante, o estado complacente, as instituições educacionais submissas e a festa da nossa juventude, reduzida à metade. Custa me crer que um “exército de Brancaleones” intimidou a polícia. Por fim, custa me crer que nenhuma voz tenha se levantado contra tal absurdo. A cada dia que passa me convenço que o Brasil murchou, ficou a mercê dos discursos politicamente corretos, entregou de mão beijada suas ruas a marginalia e na contra mão, segue em seus delírios de país soberano, democrático e plural. Somos nada! Somos submissos nas nossas relações internacionais, somos uma caricatura de democracia, criamos castas onde os brâmanes se protegem em castelos, enquanto os “parias” se esfalfam nos becos e vielas. Nossa pluralidade é tão singular que transformamos a chegada de um ministro negro ao Supremo Tribunal em ato de recompensa racial, quando deveria ser apenas o reconhecimento à competência, a honradez e ao saber jurídico do magistrado. Elaboramos um estatuto de defesa à criança e ao adolescente de dar inveja às nações do primeiro mundo, mas esquecemos de dar emprego aos pais dessas crianças e desses adolescentes. No bojo dessa lei salta aos olhos um absurdo: “Um pai que castiga seu filho dando-lhe umas palmadas pode ser processado, preso e até mesmo perder a guarda da criança. Mas, enquanto for menor, o filho pode desdenhar, espancar e até matar seus pais, pois não será um assassino, mas apenas um contraventor”. Como é composta na sua imensa maioria por adolescentes, as tais torcidas organizadas sabem que estão protegidas, sabem que podem fazer o que quiserem e sabem que se um agente da lei lhes der um “cascudo pedagógico”, responderá criminalmente por seu ato e como agente público terá sua carreira manchada. Portanto, máfias e gangues, vão continuar a insultar a todos nós com suas demonstrações de violência, intolerância e cinismo. Tudo sob o beneplácito dos que confundem, direito com permissividade. Tudo sob a conivência dos clubes de futebol que os tratam como se fossem a imagem de sua força, tudo sob o incentivo da imprensa que lhes permite espaço em suas programações e lhes premiam com fotos nos jornais e imagens na televisão... Quem sabe daqui a mais cinco anos os jogos escolares não tenham sua festa de abertura, via internet. Aí sim, todos estarão seguros, enquanto os abutres voam felizes sobre a carniça da sociedade derrotada.
Fernando Amaral.
Pobre país, pobre estado, pobres instituições e pobre povo... Custa me crer que vivi o bastante para ver a turba triunfante, o estado complacente, as instituições educacionais submissas e a festa da nossa juventude, reduzida à metade. Custa me crer que um “exército de Brancaleones” intimidou a polícia. Por fim, custa me crer que nenhuma voz tenha se levantado contra tal absurdo. A cada dia que passa me convenço que o Brasil murchou, ficou a mercê dos discursos politicamente corretos, entregou de mão beijada suas ruas a marginalia e na contra mão, segue em seus delírios de país soberano, democrático e plural. Somos nada! Somos submissos nas nossas relações internacionais, somos uma caricatura de democracia, criamos castas onde os brâmanes se protegem em castelos, enquanto os “parias” se esfalfam nos becos e vielas. Nossa pluralidade é tão singular que transformamos a chegada de um ministro negro ao Supremo Tribunal em ato de recompensa racial, quando deveria ser apenas o reconhecimento à competência, a honradez e ao saber jurídico do magistrado. Elaboramos um estatuto de defesa à criança e ao adolescente de dar inveja às nações do primeiro mundo, mas esquecemos de dar emprego aos pais dessas crianças e desses adolescentes. No bojo dessa lei salta aos olhos um absurdo: “Um pai que castiga seu filho dando-lhe umas palmadas pode ser processado, preso e até mesmo perder a guarda da criança. Mas, enquanto for menor, o filho pode desdenhar, espancar e até matar seus pais, pois não será um assassino, mas apenas um contraventor”. Como é composta na sua imensa maioria por adolescentes, as tais torcidas organizadas sabem que estão protegidas, sabem que podem fazer o que quiserem e sabem que se um agente da lei lhes der um “cascudo pedagógico”, responderá criminalmente por seu ato e como agente público terá sua carreira manchada. Portanto, máfias e gangues, vão continuar a insultar a todos nós com suas demonstrações de violência, intolerância e cinismo. Tudo sob o beneplácito dos que confundem, direito com permissividade. Tudo sob a conivência dos clubes de futebol que os tratam como se fossem a imagem de sua força, tudo sob o incentivo da imprensa que lhes permite espaço em suas programações e lhes premiam com fotos nos jornais e imagens na televisão... Quem sabe daqui a mais cinco anos os jogos escolares não tenham sua festa de abertura, via internet. Aí sim, todos estarão seguros, enquanto os abutres voam felizes sobre a carniça da sociedade derrotada.
Fernando Amaral.
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